terça-feira, 15 de março de 2011

Degeneração macular e catarata x luteína e a zeaxantina

A luteína e a zeaxantina são os dois únicos carotenóides encontrados na mácula lútea, região central da retina, onde a acuidade visual é aguçada.

Estes carotenóides são encontrados em alimentos como: frutas e legumes amarelo-alaranjados, vegetais verde-escuros e na gema do ovo.

Um estudo, coordenado por pesquisadores do Departamento de Oftalmologia da Harvard Medical School e do Medical College da Geórgia, demonstrou o papel crucial da luteína e da zeaxantina na manutenção da distribuição celular do epitélio pigmentário da retina (RPE), responsável pelo bom funcionamento das células fotorreceptoras (cones e bastonetes).

O descompasso no funcionamento deste complexo pode levar à degeneração das células e, conseqüentemente, à redução da acuidade visual.

Os pesquisadores investigaram uma colônia de chimpanzés criada à base de uma dieta isenta de carotenóides.

Este histórico alimentar levou à ausência destas substâncias na retina e conseqüente distribuição celular anormal do RPE.

Quando os chimpanzés foram suplementados com luteína e zeaxantina, a concentração plasmática e a densidade da pigmentação macular aumentaram rapidamente.

E o mais importante, a distribuição celular anormal do RPE foi parcialmente normalizada.

Estudos anteriores já haviam comprovado que o aumento da ingestão de luteína e zeaxantina estava associado à redução do risco de degeneração macular e catarata, duas das maiores causas de cegueira, atingindo cerca de 30 milhões de pessoas no mundo.

De acordo com a Dra. Maria Fernanda Llanos, Nutricionista, Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e Coordenadora de Análise de Mercado América Latina da DSM Nutritional Products, "uma dieta rica em nutrientes antioxidantes como as Vitaminas A, C e E, além dos carotenóides luteína e zeaxantina, pode auxiliar no combate às doenças oculares.

Entre os alimentos que possuem os nutrientes essenciais para a saúde dos olhos estão: frutas cítricas, brócolis, espinafre, gema de ovo, cenoura, mamão e melão".

Ela ressalta ainda, que "segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 200 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento correm o risco de desenvolverem cegueira noturna devido à carência de vitamina A".

A Dra. Valéria Rangel, nutricionista da USP, complementa: "para quem não costuma ingerir comidas com tais nutrientes, uma alternativa são os alimentos fortificados que possuem antioxidantes e carotenóides.

Para manter a saúde dos olhos é preciso também estar atento a diversos fatores de risco, como: fumo, diabetes, exposição excessiva aos raios solares UV, poluição e histórico familiar".


DEGENERAÇÃO MACULAR

Dados recentes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que, aproximadamente, 2,9 milhões de brasileiros, com mais de 65 anos de idade, apresentem casos de degeneração macular.

Com o aumento da expectativa de vida, é natural que este número se eleve, daí a importância desses micronutrientes à saúde humana.

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