Os principais sintomas de um portador de catarata são: 1. Ofuscamento: Quando o paciente olha a luz, ela difunde-se se transformando-se num clarão, semelhante a quando se olham os faróis de um automóvel à noite através de um para brisa embaciado. A dificuldade para conduzir à noite é um sinal frequente da catarata.2. Perda da Percepção de Cores. As imagens inicialmente tornam-se amareladas e com a evolução passam a ser marrons. A catarata, manifesta-se sob a forma de uma opacificação gradual do cristalino que dificulta progressivamente a visão. A causa desta doença é ainda desconhecida mas sabe-se que ela pode ser congénita ou acompanhar outras doenças, como a diabetes. A princípio, a doença não afecta muito a visão, mas à medida que a opacificação progride torna-se necessário uma operação ás cataratas por ablação do cristalino. Este é então substituído por um cristalino intra-ocular artificial. Ainda que durante muito tempo, se tivesse pensado ser uma doença característica da velhice, certos dados revelam que a sua incidência aumenta nas pessoas mais jovens. Segundo alguns especialistas certos medicamentos tornam os olhos mais sensíveis aos raios ultra-violeta, um factor há muito reconhecido como implicado. Catarata na Infância (Recomenda-se sempre nestes casos uma observação oftalmológica para diagnostico) A catarata é uma opacificação do cristalino, lente natural transparente que possuímos dentro do olho com a função de focalizar os objectos. Apesar de freqüentemente acometer idosos, segundo relatórios da OMS, a catarata é uma das principais causas de cegueira infantil tratável e passível de prevenção. A catarata leva a uma baixa visual do olho acometido que geralmente só pode ser melhorada com realização de cirurgia. Quando acomete crianças assume maior gravidade pois, se não tratada rapidamente, a baixa visual pode se tornar irreversível pelo desenvolvimento de ambliopia, que é uma falha no desenvolvimento da capacidade de enxergar (ver material informativo próprio sobre ambliopia).· Está dividida em dois grupos: catarata congénita (infantil), presente no nascimento ou que aparece imediatamente após; e catarata adquirida, que ocorre mais tarde, e está normalmente relacionada a alguma causa específica como traumas ou doenças sistémicas. Ambos os tipos podem ser unilaterais ou bilaterais, parciais ou completas (totais).· Muitas cataratas congénitas são de causa desconhecida; algumas são geneticamente herdadas (principalmente autossômicas dominantes); outras são secundárias às doenças infecciosas intra-uterinas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e sífilis) ou metabólicas, ou ainda associadas à variadas síndromes. Uma pesquisa da causa é adequada, embora, em muitos casos, nenhuma possa ser identificada. As cataratas adquiridas surgem muito comummente do trauma, contuso ou penetrante. Outras causas incluem a uveíte (inflamação intra-ocular), infecções oculares adquiridas, diabetes e drogas (principalmente corticosteróides tópicos ou sistémicos). O principal sinal decorrente da catarata congénita é a leucocoria (reflexo pupilar branco). Outros sinais são: estrabismo, nistagmo (situação em que o olho apresenta movimentos não coordenados em diversas direcções) e microftalmia (olho de tamanho menor que o normal). O tratamento deve ser o mais precoce possível e depende do tipo da catarata, sua localização, intensidade, grau de comprometimento visual, idade da criança e presença de outras alterações oculares associadas. Algumas vezes o tratamento clínico (midriáticos, óculos, oclusão) pode ser indicado em cataratas parciais, mas o tratamento é basicamente cirúrgico. A retirada da catarata pode ser realizada por várias técnicas (facectomia extracapsular, lensectomia via pars plana, facoemulsificação), com implante ou não de lente intra-ocular. A técnica utilizada depende das características da catarata e de diversos factores como a idade do paciente, presença da catarata em um ou ambos os olhos, mal formações associadas e até pela preferência do cirurgião. O acompanhamento pós-operatório é fundamental para o desenvolvimento visual pois podem surgir diversas complicações que devem ser tratadas prontamente, inclusive com novas intervenções cirúrgicas. As principais complicações são inflamações intra-oculares, glaucoma e opacidades secundárias no eixo visual Uso de óculos, lentes de contacto e oclusores além da correcta estimulação são também fundamentais para o desenvolvimento visual da criança. Sem estas medidas e total comprometimento dos pais, mesmo uma cirurgia tecnicamente perfeita pode levar a uma criança com visão muito baixa no olho operado. IMPORTANTE: • A principal forma de se diagnosticar a catarata infantil em tempo hábil para um tratamento adequado é é o teste do reflexo vermelho (“TESTE DO OLHINHO”) nas primeiras 24 horas de vida, ou seja, antes da alta da maternidade (deverá ser repetido nas consultas de rotina do bebé no primeiro ano de vida). O exame deve ser realizado pelo pediatra / neonatologista, em sala escura, utilizando-se um oftalmoscópio directo a uma distância de 20 cm a um metro do olho da criança. Um reflexo vermelho semelhante ao observado em fotografias com flash é observado em olhos sem alteração de transparência (cristalino ou outras estruturas intra-oculares. A ausência do reflexo indica opacidade e o paciente deve ser encaminhado com urgência para investigação detalhada com oftalmologista. • Os melhores resultados de cirurgias para cataratas congénitas são observados quanto são realizadas nas primeiras 12 semanas de vida. • Crianças em uso de corticosteróides, principalmente por tempo prolongado, devem ser avaliadas por oftalmologistas para investigação de cataratas e glaucomas que podem se desenvolver. • Prevenção das doenças infecciosas congénitas, principalmente rubéola e toxoplasmose, podem diminuir significativamente o número de crianças acometidas pela catarata infantil. Foto 1: Fotografia de criança demonstrando reflexo vermelho normal em ambos os olhos, mostrando ausência de catarata. Factor alimentar na prevenção da catarata É possível reduzir os riscos associados ás cataratas e retardar a opacificação do cristalino, graças a uma alimentação rica em beta-caroteno, segundo a recente investigação da Universidade de Harvard. Os alimentos ricos em beta-caroteno são os espinafres, a abóbora e a batata doce. As pessoas com uma taxa baixa em vitamina E são duas vezes mais predispostas a cataratas. As melhores fontes desta vitamina são os óleos vegetais, os germes de trigo, o óleo de milho, a pêra abacate, nozes e amendoins. Outras recomendações A exposição aos raios ultra-violeta aumentam o risco de catarata. Recomenda-se a adopção de óculos de sol que não só previnem como retardam a sua evolução. Certos medicamentos tais como, contraceptivos orais, as benzodiazepinas, certos antibióticos e a griseofulvina, favorecem as cataratas precoces. |
domingo, 13 de março de 2011
Catarata (sintomas) - RASTREIO OCULAR
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