Dr. João Mariano Sepúlveda - cardiogeriatra
A recente comprovação de que é possível interferir na formação, evolução, progressão e regressão da placa aterosclerótica, eminentemente por deposição de gorduras sobre um processo inflamatório local, com redução da luz arterial, e conseqüente obstrução ou oclusão de vasos, tem possibilitado uma sucessão de novos conhecimentos ou, quando pouco, novos questionamentos.
O chamado transporte reverso no qual substâncias ministradas para controle da doença endotelial, parede dos vasos sanguíneos, que inclui a dislipidemia, hipertensão, diabetes obesidade ou todas juntas, agem exaurindo a presença das gorduras, colesterol, nas reações bioquímicas onde são necessárias no organismo humano, fazendo com que roube das placas e as “queimem” no metabolismo regular, revertendo depósitos arteriais já formados. Comprovado com utilização do ultra-som transluminal, dentro do vaso sanguíneo, tem sido motivo de franco otimismo de quem acompanha pacientes portadores de patologias envolvidas.
A associação do processo inflamatório celular as doenças, deixa de ser uma suspeita e vai tornando-se uma forte tendência, nos mais diversos setores médicos.
A interseção entre o sistema imunológico, inflamação e produção e facilitação de patologias parece estar bem estabelecido no idoso, como toda reação lesiva mais exacerbada. No obeso e em pacientes convalescente de infecção ou câncer, também!
Recente revisão na revista Nature, de janeiro de 2008, mostra que mediadores inflamatórios, gerados pelas células do sistema imunológico além de coordenarem a resposta inflamatória local e sistêmica do organismo, podem atuar também no cérebro levando a depressão em indivíduos vulneráveis.
Esses mediadores são conhecidos como citocinas pró-inflamatórias e incluem a interleucina-1 alfa e beta e a 6, alem do fator de necrose tumoral.
Logo a inflamação é um evento biológico importante, que pode aumentar o risco a doenças diversas inclusive a depressão, muito mais que os tradicionais e já consagrados fatores psicossociais.
Conclui o artigo citado, que a presença da depressão em pacientes com doença coronária é três vezes maior em relação à população geral.
A geriatria e especialidades afins devem estar muito atentos, e informados para conduzir casos de doenças primárias com desdobramentos secundários a distância, muitas vezes, aparentemente desconectados do caso clínico e de resolução mais difícil. Pacientes transplantados, suicidas, terminais, devem por eleição, ter abordagem com noções de técnica de grupo.
O envelhecimento natural, a exposição a radiação temperaturas extremas, ou pressão em mergulhadores, ou a altitude em alpinistas, as doenças crônicas cardiocirculatórias, o estresse crônico, alergias, diabetes, câncer, osteoporose, déficits hormonais, da tireóide e da hipófise, em estados clínicos ou subclínicos, levam a produção de substâncias tóxicas que agem a distância piorando as próprias, e gerando novas patologias, perpetuando o processo inflamatório e a doença.
A utilização de novos marcadores tem possibilitado observar a presen ça destas atividades em pacientes acompanhados.
Acredita-se que a molécula inflamatória NF-kB, cronicamente ativada, seja o elo entre a resposta inflamatória e as doenças crônicas.
Células chamadas de natural killer, são células de defesas que interferem no processo inflamatório das doenças, e estão inibidas nas doenças citadas. As interleucinas 6 são percebidas através de seu metabólito, a proteína C reativa (pcr) medida comumente na prática clínica. Alem, desta temos o fator de necrose tumoral (FTN), comum nas células adiposas motivo maior da preocupação com a perda de peso. A homocisteína, o malonildialdeido, as apolipoproteínas, as lipoproteínas, o anti- ldl oxidado, fazem parte de um recente arsenal de marcadores através do qual uma gama cada vez maior de especialidades médicas se valem para determinar agressões orgânicas.
A diversidade de sistemas atingidos levam a certeza, que mais e mais o envolvimento profissional, deve ser multidisciplinar. Conceitos novos levam a superação de pré-conceitos antigos! Não é mais vigente o olhar sobre sintomas isolados e pontuais, a avaliação sindrômica é fundamental.
O consórcio das mais diversas especialidades, convergem a expectativa do processo resolutivo de todas as doenças de dependência da vascularização normal, descortinando horizontes menos sombrios nos prognósticos.
O artigo de hoje tenta familiarizar o leigo ao que de mais atual vem ocorrendo neste tema. Bom Domingo!
A recente comprovação de que é possível interferir na formação, evolução, progressão e regressão da placa aterosclerótica, eminentemente por deposição de gorduras sobre um processo inflamatório local, com redução da luz arterial, e conseqüente obstrução ou oclusão de vasos, tem possibilitado uma sucessão de novos conhecimentos ou, quando pouco, novos questionamentos.
O chamado transporte reverso no qual substâncias ministradas para controle da doença endotelial, parede dos vasos sanguíneos, que inclui a dislipidemia, hipertensão, diabetes obesidade ou todas juntas, agem exaurindo a presença das gorduras, colesterol, nas reações bioquímicas onde são necessárias no organismo humano, fazendo com que roube das placas e as “queimem” no metabolismo regular, revertendo depósitos arteriais já formados. Comprovado com utilização do ultra-som transluminal, dentro do vaso sanguíneo, tem sido motivo de franco otimismo de quem acompanha pacientes portadores de patologias envolvidas.
A associação do processo inflamatório celular as doenças, deixa de ser uma suspeita e vai tornando-se uma forte tendência, nos mais diversos setores médicos.
A interseção entre o sistema imunológico, inflamação e produção e facilitação de patologias parece estar bem estabelecido no idoso, como toda reação lesiva mais exacerbada. No obeso e em pacientes convalescente de infecção ou câncer, também!
Recente revisão na revista Nature, de janeiro de 2008, mostra que mediadores inflamatórios, gerados pelas células do sistema imunológico além de coordenarem a resposta inflamatória local e sistêmica do organismo, podem atuar também no cérebro levando a depressão em indivíduos vulneráveis.
Esses mediadores são conhecidos como citocinas pró-inflamatórias e incluem a interleucina-1 alfa e beta e a 6, alem do fator de necrose tumoral.
Logo a inflamação é um evento biológico importante, que pode aumentar o risco a doenças diversas inclusive a depressão, muito mais que os tradicionais e já consagrados fatores psicossociais.
Conclui o artigo citado, que a presença da depressão em pacientes com doença coronária é três vezes maior em relação à população geral.
A geriatria e especialidades afins devem estar muito atentos, e informados para conduzir casos de doenças primárias com desdobramentos secundários a distância, muitas vezes, aparentemente desconectados do caso clínico e de resolução mais difícil. Pacientes transplantados, suicidas, terminais, devem por eleição, ter abordagem com noções de técnica de grupo.
O envelhecimento natural, a exposição a radiação temperaturas extremas, ou pressão em mergulhadores, ou a altitude em alpinistas, as doenças crônicas cardiocirculatórias, o estresse crônico, alergias, diabetes, câncer, osteoporose, déficits hormonais, da tireóide e da hipófise, em estados clínicos ou subclínicos, levam a produção de substâncias tóxicas que agem a distância piorando as próprias, e gerando novas patologias, perpetuando o processo inflamatório e a doença.
A utilização de novos marcadores tem possibilitado observar a presen ça destas atividades em pacientes acompanhados.
Acredita-se que a molécula inflamatória NF-kB, cronicamente ativada, seja o elo entre a resposta inflamatória e as doenças crônicas.
Células chamadas de natural killer, são células de defesas que interferem no processo inflamatório das doenças, e estão inibidas nas doenças citadas. As interleucinas 6 são percebidas através de seu metabólito, a proteína C reativa (pcr) medida comumente na prática clínica. Alem, desta temos o fator de necrose tumoral (FTN), comum nas células adiposas motivo maior da preocupação com a perda de peso. A homocisteína, o malonildialdeido, as apolipoproteínas, as lipoproteínas, o anti- ldl oxidado, fazem parte de um recente arsenal de marcadores através do qual uma gama cada vez maior de especialidades médicas se valem para determinar agressões orgânicas.
A diversidade de sistemas atingidos levam a certeza, que mais e mais o envolvimento profissional, deve ser multidisciplinar. Conceitos novos levam a superação de pré-conceitos antigos! Não é mais vigente o olhar sobre sintomas isolados e pontuais, a avaliação sindrômica é fundamental.
O consórcio das mais diversas especialidades, convergem a expectativa do processo resolutivo de todas as doenças de dependência da vascularização normal, descortinando horizontes menos sombrios nos prognósticos.
O artigo de hoje tenta familiarizar o leigo ao que de mais atual vem ocorrendo neste tema. Bom Domingo!
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