segunda-feira, 24 de junho de 2013

ENVELHECIMENTO


                              


  • Envelhecimento Ativo
    Entende-se por envelhecimento as alterações fisiológicas que ocorrem ao longo do tempo em organismos multicelulares. Para detalhar mais um pouco, tais alterações acontecem nas moléculas e nas células que acabam por prejudicar o funcionamento dos órgãos e do organismo em geral. Podem-se dividir as causas de tal período levando em consideração a genética, o estilo de vida e o ambiente em que uma pessoa vive.
    A genética explica o envelhecimento através da divisão das células (mitose). Nesse processo de divisão, as sequências de DNA se encurtam fazendo com que haja a perda progressiva da capacidade de renovação. O estilo de vida que uma pessoa leva pode contribuir bastante para o seu envelhecimento como, por exemplo, o sedentarismo que faz com que um indivíduo acumule gorduras e açúcares no organismo, dificultando a ação dos órgãos. O ambiente também favorece ou não a longevidade de um indivíduo, já que a poluição, o abastecimento sanitário precário, o excesso de trabalho e outros fatores podem aumentar a probabilidade de envelhecimento precoce.
    Segundo a Organização Mundial de Saúde é considerada idosa qualquer pessoa a partir de 60 anos de idade, mas vale lembrar que tal consideração é avaliada segundo o envelhecimento fisiológico, o que não impede uma pessoa de ser social e intelectualmente ativa. A saúde intelectual e física nesse processo é de grande valia. Essas podem ser equilibradas através de atividades sociais e de lazer que não deixam com que o indivíduo em fase de envelhecimento se sinta excluído da sociedade e incapaz de exercer funções.
    Os principais problemas que ocorrem durante o período de envelhecimento são os danos no sistema nervoso central (que comprometem a memória tornando-a mais fraca com o passar do tempo) e problemas psicológicos. A expressão “envelhecimento ativo” tem crescido consideravelmente, assim como o número de seus adeptos. Trata-se de envelhecer priorizando, além de atividades sociais, as afetivas, profissionais e amorosas. Essas atividades preenchem o dia dos idosos deixando-os ocupados e tornando-os presas mais difíceis aos problemas de saúde e psicológicos.

    Por Gabriela Cabral
    Equipe Brasil Escola

    domingo, 23 de junho de 2013

    Idade Biológica x Idade Cronológica

    • sexta-feira, novembro 5th, 2010   Categoria: Avaliações  os
    idade

    Envelhecer é inevitável (?) ainda (!), pois esse processo se inicia a partir do momento em que nascemos. Mas, você pode escolher como será esse processo.
    Além do envelhecimento diário, existe o que se chama envelhecer de forma fisiológica ou patológica. O que significa isso? O envelhecimento fisiológico é aquele que depende da nossa genética e por enquanto ainda é imutável, ou seja, aos 15 ou 20 anos de idade, você normalmente tem o corpo que seus genes determinaram, mas aos 40 anos você tem o corpo que merece. Daí para frente vai depender de suas escolhas em relação aos hábitos de vida, como aquilo que você come, se faz ou não exercícios físicos, como administra seu equilíbrio emocional e se cuida de sua saúde de forma preventiva, usando o que a medicina moderna tem a oferecer. O envelhecimento patológico ocorre a partir do momento em que as pessoas passam a aceitar que existem doenças próprias da velhice e se comportam de maneira passiva em relação à sua saúde.
    A partir do que foi colocado surge o conceito de idade cronológica e idade biológica. Qual a diferença? A idade cronológica não pode ser modificada e está registrada em seu documento de identidade enquanto que a idade biológica se refere ao estado de conservação de seu organismo. Portanto, essa idade pode ser mudada e/ou retardada desde que você passe a se alimentar de forma equilibrada, evitando gorduras saturadas e carboidratos refinados (de alto índice glicêmico), faça atividade física regular (pelo menos três vezes por semana), associando exercícios aeróbicos com musculação, cuide de seu bem-estar emocional e procure o auxílio da medicina preventiva. É fácil e até intuitivo aceitar que se deve comer bem e praticar exercícios, mas e o emocional, o que tem a ver com o envelhecimento?
    Hoje em dia se sabe que o estresse crônico, muito comum na vida das pessoas, leva a uma ativação exagerada da nossa glândula supra-renal, que produz excesso do hormônio cortisol. Esse hormônio favorece o ganho de peso, principalmente acúmulo de gordura abdominal e acelera o processo de envelhecimento. Quem é mais jovem? Uma pessoa de 48 anos ou uma de 70 anos?
    A resposta correta é: depende da idade biológica, ou seja, é possível uma pessoa de 70 anos ter uma idade biológica de 55 anos e vice-versa. São vários os fatores que levam ao envelhecimento patológico e os principais são: dieta incorreta, estresse, sedentarismo, estilo de vida inapropriado, desequilíbrio hormonal, desequilíbrio na bioquímica cerebral e formação excessiva de radicais livres.
    “Já existe em nossa clínica um poderoso software que nos permite estimar com razoável precisão a nossa idade biológica real a partir de inserção de todos os nossos hormônios, marcadores de inflamação ad corrente sanguínea e medidas corporais e testes físicos. A laudo sai na hora e podemos comparar se futuras intervenções estão realmente tendo eficácia.”
    Revertendo esse marcador biológico o corpo pode, mais uma vez, parecer anos mais jovem, embora não o seja. Além disso, é possível manter o desempenho físico e mental nos mesmos níveis com os quais estávamos acostumados em uma fase anterior da vida. Esse marcador biológico do envelhecimento é governado pelas alterações hormonais que acontecem à medida que envelhecemos. Portanto, o segredo para reverter o envelhecimento está na capacidade de modular (equilibrar) nossos hormônios.
    Afinal que desequilíbrio hormonal é esse? Na realidade, os nossos hormônios não caem porque envelhecemos, mas sim envelhecemos porque os hormônios caem. Daí a importância de se fazer uma avaliação clínica e laboratorial periódica, minuciosa, com o objetivo de se procurar ajuda médica através de uma modulação hormonal feita de forma criteriosa. Invista na sua idade biológica, pois não basta acrescentar anos à sua vida, mas sim vida a seus anos.
    Começamos a perder em torno de 1 a 3% de nossos hormônios com 30 anos de idade. Por isso, ao chegarmos aos 40 anos será perceptível a diferença. A boa notícia é que, uma vez detectadas essas deficiências, elas são perfeitamente corrigíveis.
    A modulação hormonal irá promover:
    1. Aumento do nível de energia;
    2. Redução da gordura corporal;
    3. Aumento da massa magra;
    4. Melhora da função cognitiva (raciocínio);
    5. Melhora da atividade sexual;
    6. Melhora do humor e da habilidade de lidar com o estresse;
    7. Fortalecimento do sistema imunológico (de defesa

    sábado, 22 de junho de 2013

    Envelhecimento e Inflamação


    Dr. João Mariano Sepúlveda - cardiogeriatra

    A recente comprovação de que é possível interferir na formação, evolução,  progressão e regressão da placa aterosclerótica, eminentemente por deposição de gorduras sobre um processo inflamatório local, com redução da luz arterial, e conseqüente obstrução ou oclusão de vasos, tem possibilitado uma sucessão de novos conhecimentos ou, quando pouco, novos questionamentos.

    O chamado transporte reverso no qual substâncias ministradas para controle  da doença endotelial, parede dos vasos sanguíneos, que inclui a dislipidemia, hipertensão, diabetes obesidade ou todas juntas, agem exaurindo a presença das gorduras, colesterol, nas reações bioquímicas onde são necessárias no organismo humano, fazendo com que roube das placas e as “queimem” no metabolismo regular, revertendo depósitos arteriais já formados. Comprovado com utilização do ultra-som transluminal, dentro do vaso sanguíneo, tem sido motivo de franco otimismo de quem acompanha pacientes portadores de patologias envolvidas. 

    A associação do processo inflamatório celular as doenças, deixa de ser uma suspeita e vai tornando-se uma forte tendência, nos mais diversos setores médicos.

    A interseção entre o sistema imunológico, inflamação e produção e facilitação de patologias parece estar bem estabelecido no idoso, como toda reação lesiva mais exacerbada. No obeso e em pacientes convalescente de infecção ou câncer, também!

    Recente revisão na revista Nature, de janeiro de 2008, mostra que mediadores inflamatórios, gerados pelas células do sistema imunológico além de coordenarem a resposta inflamatória local e sistêmica do organismo, podem atuar também no cérebro levando a depressão em indivíduos vulneráveis.

    Esses mediadores são conhecidos como citocinas pró-inflamatórias e incluem a interleucina-1 alfa e beta e a 6, alem do fator de necrose tumoral.

    Logo a inflamação é um evento biológico importante, que pode aumentar o risco a doenças diversas inclusive a depressão, muito mais que os tradicionais e já consagrados fatores psicossociais.

    Conclui o artigo citado, que a presença da depressão em pacientes com doença coronária é três vezes maior em relação à população geral.

    A geriatria e especialidades afins devem estar muito atentos, e informados para conduzir casos de doenças primárias com desdobramentos secundários a distância, muitas vezes, aparentemente desconectados do caso clínico e de resolução mais difícil. Pacientes transplantados, suicidas, terminais, devem por eleição, ter abordagem com noções de técnica de grupo.

    O envelhecimento natural, a exposição a radiação temperaturas extremas, ou pressão em mergulhadores, ou a altitude em alpinistas, as doenças crônicas cardiocirculatórias, o estresse crônico, alergias, diabetes, câncer, osteoporose, déficits hormonais, da tireóide e da hipófise, em estados clínicos ou subclínicos, levam a produção de substâncias tóxicas que agem a distância piorando as próprias, e gerando novas patologias, perpetuando o processo inflamatório e a doença.

    A utilização de novos marcadores tem possibilitado observar a presen ça destas atividades em pacientes acompanhados.

    Acredita-se que a molécula inflamatória NF-kB, cronicamente ativada, seja o elo entre a resposta inflamatória e as doenças crônicas.

    Células chamadas de natural killer, são células de defesas que interferem no processo inflamatório das doenças, e estão inibidas nas doenças citadas. As interleucinas 6 são percebidas através de seu metabólito, a proteína C reativa (pcr) medida comumente na prática clínica. Alem, desta temos o fator de necrose tumoral (FTN), comum nas células adiposas motivo maior da preocupação com a perda de peso. A homocisteína, o malonildialdeido, as apolipoproteínas, as lipoproteínas, o  anti- ldl oxidado, fazem parte de um recente arsenal de marcadores através do qual uma gama cada vez maior de especialidades médicas se valem para determinar agressões orgânicas.

    A diversidade de sistemas atingidos levam a certeza, que mais e mais o envolvimento profissional, deve ser multidisciplinar. Conceitos novos levam a superação de pré-conceitos antigos! Não é mais vigente o olhar sobre sintomas isolados e pontuais, a avaliação sindrômica é fundamental.

    O consórcio das mais diversas especialidades, convergem a expectativa  do processo resolutivo de  todas as doenças de dependência da vascularização normal, descortinando horizontes menos sombrios nos prognósticos.

    O artigo  de hoje tenta familiarizar o leigo ao que de mais atual vem ocorrendo neste tema.  Bom Domingo! 

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    terça-feira, 18 de junho de 2013


    Radicais livres e o envelhecimento

    Sáb, 16/02/2008 - 18h35 -

    A maior atenção que se dá ao corpo é em relação ao tempo de vida, principalmente as mulheres.
    Há informações sobre funcionamento do organismo humano de sobra em livros, revistas, jornais, rádios e, mais recentemente, na internet.
    Esta tem sido a coqueluche do momento, por sua utilidade, facilidade e disponibilidade. Ninguém pode se queixar que falta informação.

    Porém, o excesso pode causar uma poluição tão grande na cabeça das pessoas, chegando mesmo a estressá-las. Mesmo assim a internet oferece conhecimentos focalizados, que com um pouco de prática e paciência consegue-se identificar assuntos específicos como o que vamos abordar: envelhecimento.
    O corpo humano é uma somatória de células que vão se renovando ou morrendo ao longo da vida. Os responsáveis pelo envelhecimento das células são os radicais livres.
    Eles se formam durante a vida, mas são mais sentidos a partir da idade adulta.

    Segundo o professor-pesquisador Fabio Giordano, a velhice humana é uma realidade biológica à medida que o tempo passa e avança o desenvolvimento orgânico. Há uma complexa interação entre mudanças biológicas, psicológicas e sociais, sendo difícil estabelecer qual desses três fatores é mais determinante no envelhecimento.
    O aumento na produção de radicais livres é responsável pela agressão às células. As reações químicas que ocorrem podem favorecer o depósito de placas nas paredes das arteriais, assim como a combinação de radicais livres com o DNA das células, alterando seu código genético e produzindo uma multiplicação desordenada - o que pode provocar câncer e infarto do miocárdio.

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    Não podemos eliminar totalmente essa formação de radicais livres no nosso organismo, mas as principais fontes externas sim. São elas: fumaça em geral (cigarro, de veículos, de churrasqueiras etc.), bebidas alcoólicas, exposição a poluentes atmosféricos, raios solares, raios X, excesso de ingestão de carnes vermelhas,
    frituras, embutidos, alimentos defumados.

    Se a intenção das pessoas é evitar o envelhecimento, o emagrecimento também contribui para vida longa e saudável. Quando se faz um cardápio de emagrecimento logicamente há diminuição da ingestão de alimentos e melhores escolhas dos mesmos quanto a sua qualidade.
    Esse processo deverá estar associado ao exercício físico que, se não for em excesso, ajuda a eliminar radicais livres. Cabe ressaltar que exercícios físicos não podem ultrapassar a capacidade da pessoa, pois daí haverá produção de radicais livres.
    Assim, emagrecer e manter-se jovem caminham juntos.
    Por Dr. José Rui Bianchi
    Médico psiquiatra e Autor do livro
    "Emagrecer também é Marketing" - DVS Editora