Trabalhar no que gosta e ter uma alimentação saudável é o segredo para chegar aos 100 anos
Foto: AP
Foto: AP
Quatro vizinhas em um asilo nos Estados Unidos, todas centenárias, são questionadas o tempo todo: "Como você chegou aos cem anos"?. Esse raro grupo de cinco garotas de ouro diz que a chave para a longevidade é trabalhar duro em um emprego que você ame e tomar conta do seu corpo enquanto você está nele.
Apesar de haver um número estimado de 70 mil pessoas nos Estados Unidos com 100 anos ou mais, é incomum encontrar cinco centenárias vivendo no mesmo lugar. A média de vida dos norte-americanos não chega aos 80 anos. E a maioria das pessoas corta café, soda, álcool, cigarros para ter uma alimentação saudável.
"As pessoas me dizem o tempo todo, 'Eu não quero viver até chegar aos 100'", diz Mildred Leaver, que fez 100 anos em junho. Suas quatro amigas centenárias do asilo Rolla Presbyterian Manor balançam suas cabeças grisalhas concordando. Elas escutam a mesma coisa.
"Isso é triste. Envelhecer é atitude e eu não me sinto velha", diz Leaver, uma educadora aposentada. Não demora muito para ver que Leaver e suas vizinhas Mildred Harris, Grace Wolfson, Gladys Stuart e Iola Semas têm muito mais em comum que a longevidade os bons hábitos alimentares.
Apesar de sua visão e audição não serem mais como antes, elas todas não tiveram doenças das quais que muitas pessoas idosas são acometidas. Já se passaram 50 anos desde que Leaver venceu um câncer pela primeira e última vez.
O caminho comum que conecta essas mulheres são as décadas de serviço em funções que amavam, como fazendeira, designer, diretora de escola, contadora e secretária. Nos primeiros anos de suas vidas, mulheres empregadas ganhando dinheiro eram tão raras quanto as centenárias são hoje.
Wolfson diz que a carreira de 25 anos a ajudou a viver os cem anos e os melhores momentos de sua vida. A imigrante de Budapeste, Hungary, que fez 100 anos nesse verão, diz que ainda é artisticamente inspirada hoje. A arte dela está presente no asilo, onde uma festa foi feita esse mês em honra às cinco mulheres.
Harris diz que seu árduo trabalho na fazenda e a abundância de frutos e vegetais no quintal mantiveram-na firme. Ela também defende que não se fume."Eu vi meu marido tossir e tossir até ser morto por isso", diz.
A longa carreira como contadora manteve a vida de Semas balanceada financeiramente. Semas diz que ainda ama os números, especialmente quando ganha alguns em uma cartela de bingo.
Todas as mulheres dizem que a vida no asilo não era nada como elas esperavam. "Fazem um ótimo trabalho nos mantendo entretidas, ativas e aproveitando a vida", diz Stuart, uma secretária aposentada e a mais velha das amigas, com 101 anos.
Anita Carroll, 50, diretora do Presbyteriano Manor, diz que o estigma sobre asilos está mudando. "As pessoas não vêm aqui para morrer, elas vem aqui para viver", diz. Quando Leaver, a professora e diretora de escola entrou no asilo cinco anos atrás, Caroll instantaneamente a reconheceu: Leaver foi sua diretora no ensino fundamental. "Você cuidou de mim todos esses anos", disse Carroll quando Leaver se mudou para o asilo. "Agora eu vou tomar conta de você."
- AP - Copyright 2007 Associated Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário