quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Anestésico que cura

11/09/2004 05:00:00 PM
Colunista - Dra. Odilza Vital

Dra. Odilza Vital

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Milhares de pessoas em todo o mundo já viram de perto os milagres da procaína, descobertos há décadas na Romênia. Mas somente agora as injeções estão ficando populares no mundo ocidental, diz o médico americano Mitchell Kurk, meu sócio que foi aluno de Dra Anna Aslan. Entre os usuários famosos está o ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Em sua clínica em Nova Iorque, Mitchell Kurk, autor do livro Prescription For Long Life, e eu também em minha clínica já aplicamos injeções de Gerovital (nome comercial da procaína usada para essa finalidade) em mais de 50 mil pacientes. Obtive sucesso em mais de 80% dos casos. O anestésico melhora e ativa todas as funções celulares, sendo, assim, uma excelente terapia antienvelhecimento. Deixar a pele mais bonita, os cabelos sedosos e os músculos mais firmes não são os únicos benefícios da procaína. Acredito que a substância atue equilibrando a produção de todos os hormônios fabricados pelo organismo, as nossas substâncias moduladoras. A procaína é, portanto, capaz de eliminar a depressão, amenizar sintomas de doenças coronarianas e muitas enfermidades que atingem a circulação. No mundo inteiro, a procaína é, há muito tempo, usada nos consultórios dentários em anestesias. Isso prova que sua administração é bem segura, praticamente livre de efeitos colaterais ao paciente. A substância pode, até mesmo, ser aplicada por pessoas que não são médicas, como os dentistas. As doses com o intuito de melhorar a função celular são permitidas pelos órgãos de saúde, desde que usadas como terapias alternativas. As possibilidades de reações alérgicas ao produto são mínimas, mas antes do uso deve ser feito um teste com injeção intracutânea do produto. Onde a Procaína Atua Aumenta a libido: depois da procaína, as pessoas ficam mais dispostas para o sexo Circulação: baixa a pressão, melhora a função das veias e artérias Pele e cabelo: a pele fica mais úmida e brilhante, com aparência rejuvenescida. Os cabelos deixam de ficar ressecados, em alguns casos, os fios voltam a nascer em pessoas calvas e retomam a cor natural em grisalhos. Coluna e articulações: tira as dores e a tensão. Cérebro e Sistema Central: afasta a depressão, causa sensação de euforia e bem-estar. Alivia as dores da enxaqueca, melhora o Parkinson e Alzheimer Músculos e ossos: o remédio dá mais tônus muscular, aumentando a disposição e evitando acidentes e fraturas em quem tem desgaste ósseo. Para quem não quer tomar o produto sob a forma de injeção, existe a alternativa do composto em comprimido. O principal componente da procaína é o ácido paraminobenzóico, ou Paba. A substância ajuda na produção das proteínas e enzimas que vão nutrir todas as células do corpo. Observo que todos ficam mais dispostos, dormem melhor. Ou seja, o quadro clínico melhora por completo, principalmente se a terapia for associada à reposição hormonal, em homens e mulheres, e também de outras vitaminas, atividade física e alimentação saudável. Dra. Odilza Vital é médica, endocrinologista, gerontologista, cientista, criadora da mundialmente famosa “Pílula do perfume” e autora entre outros do livro “Emagreça para Sempre” em sua segunda edição em língua portuguesa em 1 ano, traduzido para a língua inglesa como “Lose Weight For Ever - The Brazilian Way”. Consultório em Manhattan: 115 East 23th Street (bet. Park Avenue & Lexington) 

Dra. Odilza Vital

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Tratamentos antienvelhecimento estão na mira do CFM

Texto por Lígia FormentiEnviado por Agência Estado - ontem às 19h29
O Con­selho Fe­deral de Me­di­cina (CFM) pu­blicou nesta se­gunda-feira um pa­recer con­de­nando a pres­crição de hormô­nios em tra­ta­mentos an­ti­en­ve­lhe­ci­mento, por não haver evi­dên­cias ci­en­tí­ficas de que a te­rapia seja efi­ci­ente. Dentro de até dois meses, uma re­so­lução proi­bindo mé­dicos de re­co­mendar o uso desses pro­dutos de­verá ser edi­tada. 'O Có­digo de Ética já mostra que mé­dicos não podem in­dicar te­ra­pias não com­pro­vadas ci­en­ti­fi­ca­mente. O que vamos fazer é deixar mais clara a proi­bição da in­di­cação de hormô­nios', afirmou o vice-pre­si­dente do CFM, Carlos Vital.
Nos úl­timos quatro anos, cinco mé­dicos foram cas­sados por in­dicar tra­ta­mentos sem com­pro­vação ci­en­tí­fica. No mesmo pe­ríodo, ou­tros 10 pro­fis­si­o­nais foram con­de­nados pelos mesmos mo­tivos a penas de sus­pensão e cen­sura pú­blica. 'Em­bora a me­di­cina tenha avan­çado, a pro­messa de eterna ju­ven­tude ainda está no campo das fá­bulas', disse Vital.
Entre os hormô­nios in­di­cados por mé­dicos que atuam em clí­nicas de en­ve­lhe­ci­mento estão a me­la­to­nina, o cor­tisol, o hormônio do cres­ci­mento, pro­ges­te­rona e tes­tos­te­rona. 'Os tra­ba­lhos reu­nidos até o mo­mento mos­tram que, em pes­soas sau­dá­veis, o uso dos hormô­nios au­menta o risco de uma série de do­enças', afirmou a ge­ri­atra Maria do Carmo Len­castro, in­te­grante da Câ­mara Téc­nica do CFM.
Re­co­men­dação
No caso do hormônio da ti­re­oide, por exemplo, o uso em pes­soas sau­dá­veis pode levar ao hi­per­ti­re­oi­dismo. Já o hormônio de cres­ci­mento, quando em grandes quan­ti­dades no or­ga­nismo, pode levar a pro­blemas car­di­o­vas­cu­lares. 'O uso desses hormô­nios pro­voca uma so­bre­carga no or­ga­nismo, e, em con­sequência, um de­sa­juste hor­monal', contou Maria do Carmo. Esta é a se­gunda re­co­men­dação feita pelo CFM re­la­ci­o­nada a te­ra­pias que pro­metem in­ter­romper ou re­tardar o pro­cesso de en­ve­lhe­ci­mento. Em 2010, uma re­so­lução do co­le­giado proibiu a in­di­cação de te­rapia or­to­mo­le­cular, também por não haver efi­cácia com­pro­vada.
O di­retor da So­ci­e­dade Bra­si­leira de Ge­ri­a­tria e Ge­ron­to­logia, Salo Buskman, elo­giou o pa­recer do CFM. 'Era pre­o­cu­pante o cres­ci­mento da in­di­cação das te­ra­pias ditas anti-aging', disse, ci­tando o termo em in­glês. Por vá­rias ra­zões, se­gundo ele: além de pro­meter algo que não há como ser al­can­çado, a in­ter­rupção do en­ve­lhe­ci­mento, a te­rapia au­menta o risco de efeitos co­la­te­rais, e passa a ilusão de que o pa­ci­ente está com­prando saúde - o que, por sua vez, o leva a deixar de adotar um es­tilo de vida sau­dável.
Casos
Buskman contou ter re­ce­bido em seu con­sul­tório pa­ci­entes com efeitos co­la­te­rais pro­vo­cados por essas te­ra­pias. Mas ele res­salta que, muitas vezes, os pró­prios pa­ci­entes es­condem o fato de terem ado­tado a te­ra­pêu­tica. 'No fundo, eles sabem que o tra­ta­mento é con­de­nado, que não há evi­dên­cias de re­sul­tados. Mas o medo de en­ve­lhecer acaba fa­lando mais alto'. Ele diz que o con­trole dessas proi­bi­ções pelo CFM não é fácil de ser re­a­li­zada. 'Di­fi­cil­mente o pa­ci­ente de­nuncia. Em pri­meiro lugar, porque pa­ci­entes se iludem com a pro­messa feita pelos mé­dicos. De­pois, porque não as­so­ciam efeitos co­la­te­rais aos re­mé­dios'.
O pro­fessor da Uni­ver­si­dade Fe­deral da Bahia, El­simar Cou­tinho avalia que o CFM ex­tra­polou suas com­pe­tên­cias. 'O con­selho é um órgão edu­ca­tivo, tem de fis­ca­lizar a ética e não querer en­sinar pro­fes­sores sobre o que in­dicar para pa­ci­entes', re­agiu. O mé­dico, co­nhe­cido pelo uso de hormô­nios para mu­lheres pa­rarem de mens­truar, afirma não fazer tra­ta­mento an­ti­en­ve­lhe­ci­mento. 'O que tem de ser feito é re­po­sição hor­monal. Hormônio nunca re­ju­ve­nesceu'. Ele diz que não vai adotar ne­nhuma me­dida contra a de­cisão do CFM. 'Isso não me afeta. Só uso hormô­nios com in­di­ca­ções pre­cisas'.
O pa­recer do CFM teve início de­pois de o mé­dico Italo Ra­chid en­viar para o co­le­giado um do­cu­mento que reu­niria uma série de es­tudos com­pro­vando a efi­cácia do anti-aging. Dos mais de 5 mil tra­ba­lhos reu­nidos, no en­tanto, pouco mais de 1% trazia tra­ba­lhos sobre a aná­lise do en­ve­lhe­ci­mento e ne­nhum deles apon­tava be­ne­fício dos hormô­nios. 'A te­rapia an­ti­en­ve­lhe­ci­mento não é es­pe­ci­a­li­dade mé­dica. Nem no Brasil, nem na União Eu­ro­peia, nem nos Es­tados Unidos', lem­brou a ge­ri­atra.
De acordo com o pa­recer do CFM, no cur­rí­culo o mé­dico cons­tava trei­na­mento anti-aging. O pa­recer do CFM, no en­tanto, in­dica que essa li­gação não foi com­pro­vada. A re­por­tagem não con­se­guiu en­trar em con­tato com Ra­chid.