sábado, 20 de novembro de 2010

Verme hermafrodita ajuda a explicar Alzheimer


Verme hermafrodita, C. Elegans.
Verme hermafrodita, C. Elegans.
wikimedia.org
Adriana Moysés
Um estudo realizado na França dá pistas para compreender melhor o mecanismo de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson e tentar desenvolver tratamentos mais eficazes.

Pesquisadores de Lyon, no sudeste da França, observaram um processo de rejuvenescimento surpreendente nos gametas de um pequeno verme hermafrodita, batizado pelos cientistas franceses de C-Elegans.
Nesses vermes, que apresentam um ciclo de reprodução relativamente curto, desde que as células reprodutivas chegam à maturação, elas rejuvenescem automaticamente antes da fecundação. Esse mecanismo de rejuvenescimento, segundo o professor Hugo Aguilaniu, responsável pelo estudo, acontece pela ação de um conjunto de enzimas que substitui nos óvulos as velhas proteínas herdadas dos pais por outras novas em folha destinadas ao futuro embrião.
De acordo com o cientista francês, essa descoberta é fundamental porque poderá indicar soluções para prevenir doenças degenerativas ligadas ao envelhecimento das células como câncer, Parkinson ou Mal de Alzheimer. Uma experiência de rejuvenescimento semelhante já foi realizada sem sucesso com a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado. Quando Dolly nasceu, em 1996, a ovelha apresentava células equivalentes a um animal de 5 anos. Dolly envelheceu rapidamente e morreu em 2003.
Com a observação do comportamento das enzimas no verme hemafrodita C-Elegans, os pesquisadores de Lyon esperam descobrir uma maneira de atrasar o declínio físico ligado ao envelhecimento. O professor Hugo Aguilaniu espera realizar a mesma experiência feita com os vermes em óvulos humanos nos próximos dez anos.

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