Glicação – um pulo para uma velhice sem saúde
Qualquer dieta rica em carboidrato – especialmente
os refinados, incluindo sucos de frutas, têm uma enorme capacidade de acelerar o
envelhecimento. Parte desse processo é estimulada por um processo bioquímico
chamado de glicação. É um processo um tanto complexo, em que estão envolvidos
moléculas de glicose e de proteína. Uma reação química é estabelecida de forma
que resultam moléculas deformadas e não funcionantes, que costumam se aglutinar.
Esse processo é muitas vezes comparado a uma “caramelização”, ou seja: o
composto final não pode retornar a um estado anterior, e esse novo resultante
compromete os tecidos que está formando, deixando-os mais rijos e espessos. A
pele envelhecida é um bom exemplo do tipo de aparência externa de um órgão
afetado pela glicação.
Mas o coração, o cérebro e os olhos, entre outros
podem ser órgãos especialmente sensíveis a esse processo. Esse dano irreparável
afeta de forma imperiosa ao organismo sendo parte do processo degenerativo da
aterosclerose, doença cardíaca, Alzheimer (e outras doenças degenerativas
cerebrais, como Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica), todas as
complicações da diabetes, catarata, e qualquer processo associado às limitações
do envelhecimento. De um modo geral o colágeno e outras proteínas de matriz
tecidual estão sujeitas a essa reação de re-arranjo molecular, onde a resultante
é um tecido com perturbações funcionais.
Em pessoas mais jovens a preocupação com a
glicação é devido a sua obstinada relação com a obesidade e a diabete, sendo um
dos mais expoentes limitadores da expectativa e da qualidade de vida nesses
indivíduos. (Essa é a razão pelo qual é solicitado o exame hemoglobina glicada
para o controle de pacientes diabéticos)
A glicação é um processo que não pode ser
completamente evitado dentro dos organismos, mas é fundamental que se tome
atitudes que habilite uma proteção a predominância desse tipo de reação química.
Nas sociedades ocidentais ou modernizadas uma
forma de tornar mais vagarosa a glicação é a redução do consumo de todo e
qualquer carboidrato, principalmente os refinados. Isso é de certa forma um dos
pilares que dá suporte a postura cada mais encorajada de restringir o consumo
desse alimento, estranhamente colocado na base da pirâmide alimentar – como
política de saúde pública, e de distribuição de alimentos. Se a base alimentar
é o amido o convite a uma velhice precoce e enferma é garantida – por todos
aqueles que estão associados à extravagante idéia de que é natural tomar sucos
de frutas, eventualmente no lugar da água para matar a sede. Aliás, tem uma
propaganda que diz: “Mate sua sede com o refrigerante X!!”. Se algum crédulo
entendesse que essa orientação, oriundas de propagandas de massa no rádio, TV ou
em out-doors fosse honesta, possivelmente já estaria morto por doenças ligadas à
falência pancreática.
Quem tem sede toma ÁGUA! Quem tem fome toma suco
ou refrigerante ou um drinque qualquer. Aliás, um aspecto curioso é que a
frutose está intimamente associada ao metabolismo do colesterol e das gorduras.
Além é claro de elevar um pouco o ácido úrico... A natureza – de verdade – é um
curioso desafio aos arautos da saúde... as pessoas por algum motivo não se
apercebem de que pão ou massas não dão em árvores, muito menos doces e outros
quitutes manufaturados...
Um nutriente natural é a única alternativa natural
viável para tratar a glicação. Trata-se de um aminoácido dipeptídeo de
ocorrência farta nos músculos e cérebro: a carnosina. Esse aminoácido se
oferece como alvo para a glicação para a glicose e poupa outras proteínas de
sofrerem esse processo. A carnosina também se liga a outras proteínas já
glicadas nos tecidos, tornando-as mais fáceis de serem submetidas ao metabolismo
e eliminadas, habilitando as estruturas teciduais a se manterem jovens e
flexíveis.
Dá para se afirmar que ao ter essa habilidade de
prevenir a glicação e a formação dos malfadados AGEs (produtos finais de
glicação, do inglês: Advanced Glycation End Products), a carnosina é dos
mais poderosos produtos anti-aging (anti-envelhecimento)
conhecidos na atualidade!
A carnosina vai se reduzindo com o avançar da
idade nos músculos e no cérebro, podendo chegar a menos de 40% de um indivíduo
jovem após os 70 anos. Ao mesmo tempo em vai caindo a carnosina mais o corpo vai
ficando vulnerável à reação química da glicação.
Nos anos recentes, pesquisas laboratoriais
comprovaram que a carnosina:
1) Protege
os olhos da glicação, e pode ser usada como tratamento e prevenção de catarata e
perda visual em idosos;
2) Protege
os vasos cerebrais mais tênues de danos que podem levar a doenças como
Alzheimer, além de efetivar proteção contra ação tóxica de certos minerais
tóxicos, formando com eles produtos inativos ou até mesmo novas substâncias
antioxidantes;
3) Tem
ação relaxante e de dilatação nos vasos sangüíneos, melhorando a oferta de
sangue ao coração. Além disso, melhora a performance muscular cardíaca.
4) Previne
o envelhecimento da pele por inibir o cross-link (ligação transversal) do
colágeno e preservando sua elasticidade. Tem ação favorável na cicatrização por
promover divisão celular;
5) É
um poderoso antioxidante por ser ativo contra um dos piores tipos de radicais
livres, os radicais hidroxil; estabiliza a membrana celular e protege contra a
ação dos radicais livres;
6) Pode
prevenir os efeitos da nefropatia diabética;
7) Pode
melhorar em grande medida a socialização e a comunicação de crianças autistas.
8) Pode
bloquear a atividade da guanilato ciclase, enzima ligada a asma, enxaqueca e
câncer;