quinta-feira, 7 de outubro de 2010

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domingo, 3 de outubro de 2010

Novos neurônios são gerados até na idade adulta

Ciência Hoje

Sempre acreditamos que os neurônios, diferentemente das demais células do nosso corpo, não eram gerados na vida adulta, nem tinham a capacidade de se multiplicar ou se regenerar nesse período.

Estudos recentes, no entanto, constataram que novos neurônios são produzidos todos os dias, em áreas específicas do cérebro, em diversas espécies animais, inclusive em humanos.
Atualmente a neurogênese foi comprovada em duas estruturas do cérebro de pássaros, roedores, primatas e humanos: o bulbo olfatório - relacionado à percepção de odores - e o giro denteado do hipocampo - relacionado à formação de novas memórias e à regulação do comportamento emocional e da cognição.

OS ESTÍMULOS E OS INIBIDORES -

A geração de novos neurônios pode ser regulada por fatores ambientais, comportamentais e fisiológicos.

Substâncias que agem no sistema nervoso, exercícios físicos, exposição a novos ambientes e atividades que envolvam aprendizado e memória estimulam a neurogênese.

Ao contrário, estímulos estressantes (físicos ou psicológicos), processos inflamatórios, distúrbios do sono, consumo de drogas ou álcool e envelhecimento são os principais fatores que inibem o surgimento de novas células neurais.
Entre as substâncias que têm a propriedade de estimular a neurogênese no hipocampo estão a serotonina, considerada o principal dos mensageiros (neurotransmissores) que atuam no sistema nervoso, relacionada principalmente no controle do humor; e as neurotrofinas, proteínas da família dos hormônios de crescimento, responsáveis pela nutrição dos neurônios, garantindo sua sobrevivência.
A prática regular de exercícios físicos estimula a geração de novos neurônios, assim como manter a mente ocupada com tarefas que exigem memorização e aprendizado.

Ratos que se exercitavam diariamente na roda de corrida, ou que foram submetidos a modelos de treinamento de memória e aprendizado (como labirintos, por exemplo) apresentaram significante aumento da neurogênese quando comparados a animais do grupo-controle, que não vivenciaram esses modelos.
Além dos estresses físicos, psicológicos, processos inflamatórios e distúrbios de sono, o envelhecimento se configura como um dos mais potentes fatores de inibição da neurogênese.

Ratos de laboratório saudáveis, com expectativa de vida de dois anos, apresentam redução de cerca de 80% na formação de novos neurônios entre o sétimo e o décimo-segundo meses de idade.


Função dos novos neurônios

Muitos problemas cognitivos e comportamentais observados em indivíduos submetidos a estresse crônico ou a distúrbios do sono, em idosos e em usuários de drogas ou álcool podem estar em parte relacionados com a diminuição na geração de novos neurônios no hipocampo.
Exames de ressonância magnética reforçam essa teoria ao evidenciar que pacientes com depressão apresentam atrofia no hipocampo, quando comparados a pacientes saudáveis.
Por outro lado, o aumento da neurogênese poderia ser um componente essencial para a melhora de quadros de depressão e ansiedade.

Estudos em camundongos demonstraram que o aumento da formação de neurônios no hipocampo é fundamental para a observação dos efeitos clínicos do tratamento com antidepressivos.


Perspectivas da neurogênese

Considerando todos os problemas cognitivos e comportamentais possivelmente causados pela inibição da geração de novos neurônios no cérebro adulto, o principal desafio é encontrar meios para restaurar esse processo no hipocampo ou até aumentar as taxas básicas de formação neuronal.

Com os avanços da biologia molecular, talvez em um futuro não muito distante seja possível mapear e controlar toda a cascata de eventos responsável pela neurogênese em outras áreas encefálicas, além do hipocampo e do bulbo olfatório.

A indução da neurogênese em outras áreas do sistema nervoso central pode ser uma importante ferramenta para a recuperação de pacientes com doenças neurodegenerativas, como as de Parkinson ou de Alzheimer, ou que sofreram danos neurológicos decorrentes de derrames ou traumas cerebrais.

sábado, 2 de outubro de 2010

Reposição Hormonal Bioidêntica no antienvelhecimento (anti-aging) e Ortomolecular - Postado em 30/07/2010, por Dra. Andrea Nunes

No tratamento ortomolecular e ou antienvelhecimento (anti-aging) a reposição hormonal é realizado de forma diferente do convencional, pois estudamos a relação da queda hormonal e o envelhecimento. Como  exemplo ao redor dos 30 anos de idade inicia-se a queda  de nossos  hormônios entre 1 a 3 % ao ano, consequentemente  aos 50 anos de idade, já existe uma queda entre 20 a 30% dos nossos principais hormônios, em muitos casos esta diminuição é ainda mais rápida e acentuada.
Apesar do declínio hormonal começar ao redor dos 30 anos, muitos jovens já podêm apresentar alterações hormonais ao redor dos 20 anos de idade, devido a fatores genéticos, stress, má alimentação, sedentarismo e doenças outras prévias que podêm desequilibrar o sistema neuro-hormonal.
A queda hormonal declina consideravelmente nosso nível de energia (física, mental e sexual) , diminui a ereção masculina, aumenta a secura vaginal, favorece o ganho de peso, diminui nossa massa muscular, diminui a velocidade de nossa função cognitiva, aumenta nossa labilidade emocional,  aumenta o nosso risco de doenças cardíacas e cérebros-vasculares , dor crônica e rigidez.
Através da  nossa avaliação médica personalizada reconhecemos  aonde existe este envelhecimento ou desequilíbrio hormonal  e tratamos com hormônios bioidênticos (hormônios com a mesma estrutura molecular de nossos  hormônios naturais). Em consequencia ao tratamento correto o organismo começa a funcionar com mais energia, também ocorre melhora da aparência física, de dentro para fora.
Alguns Hormônios Bioidênticos importantes:
Pregnenolona: é um neuro-hormônio mais importante do corpo humano, pois de acordo com a fisiologia e bioquímica humana ela é uma molécula fundamental para formação de hormônios essenciais para a vida saudável do adulto, é responsável pela formação do estradiol, da progesterona, do DHEA e da testosterona, também existe em abundancia nas mitocôndrias de células nervosas e da glândula supra renal. Como a maioria dos hormônios anabólicos ( formadores de tecidos) ele começa a declinar  após os 30 anos de idade. Estudos apontam que pregnenolona pode ajudar no processo da memória pois têm função de neurotransmissor  e estímulo da neurogênese (formação de neurônios novos) comprovado em estudos em animais, pois, ao contrário do que os neurociêntistas antigos afirmavam, o cérebro é capaz de formar neurônios novos.
Hormônio DHEA: é o hormônio mais abundante no corpo humano, a produção chega ao seu pico por volta dos vinte anos. Daí em diante, quanto mais envelhecemos, mais cai o seu nível de DHEA. Ao 40 anos, o organismo produz metade de DHEA que produzia antes. O DHEA aumenta a energia, melhora a função imune, melhora o humor, melhora a função cognitiva. Estudos sugerem que, quanto menor o nível de DHEA da pessoa, maior o risco de morte por doenças relacionadas com o envelhecimento. O DHEA que é produzido pela glândula adrenal serve como matéria-prima para a fabricação de todos os outros hormônios importantes como o cortisol.
Hormônios da tireóide: Os hormônios tireoideanos agem em quase todas as células do corpo e controlam a taxa metabólica, os movimento do intestino (chamado de peristaltismo) e até mesmo a respiração celular. Quando envelhecemos os níveis de hormônios tireoidianos declinam. Baixos níveis de hormônios tireoidianos estão associados ao aumento da gordura corporal, diminuição da energia, frio em extremidades do corpo como mãos e pés, aumento do colesterol ruim e perda de memória.
Testosterona na mulher: A testosterona apesar de ser um conhecido como “hormônio masculino” é encontrado tanto em homens como em mulheres, ainda que a quantidade de testosterona no corpo das mulheres seja muito menor, cerca de 20 a 30 x menos que nos homem, a testosterona na mulher têm fundamental importância na libido,  metabolismo de quebra de gorduras acumuladas como fonte de energia e ganho de massa muscular.
Testosterona para homens: A testosterona no homem é um hormônio produzido principalmente testículos do homem, através do estímulo de hormônio LH produzido por uma glândula situada na base do cérebro chamada de hipófise. Com o envelhecimento exixte uma queda progressiva da produção da testosterona. A diminuição da testosterona esta ligada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, depressão,perda cognitiva, perda de massa muscular, aumento de gordura corporal e diminuição do libido e ereção masculina.
Progesterona: também conhecido como o hormônio da "fell-good". A progesterona  é produzida principalmente no ovários na mulher, testículos no homem e adrenais em ambos os sexos. A progesterona age em todo o corpo físico e emocional da mulher. Na parte emocional leva a mulher em um estado metal mais relaxado, sereno e sociavel, na parte física aumenta a densidade óssea ajudando a previnir a osteoporose, além de ser um diurético natural. É importante na mulher têr o equilíbrio entre o estrogênio e a progesterona.
Estrogênios: produção desse hormônio começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher, e vai até a menopausa, quando existe uma queda abrupta da produção deste hormônio na mulher, já o homem apresenta níveis menores mas relativamente estável de estrogênio na vida adulta. Na menopausa a falta de estrogênio causa as ondas de calor, além de favorecer a depressão, perda de memória, perda lubrificação vaginal, perda da libido, diminuição do brilho da pele e uma redistribuição de gordura corporal para partes caracteristicamente mais masculinas, ou seja, na barriga e osteoporose. O estrogênio estimula o crescimento de todos os ossos longos  na adolescencia e fortalecimento ósseo na idade adulta. Estudos recentes têm associado a diminuição do estrogênio com o Mal de Alzheimer, considerando que estrogênio produzido naturalmente pelo nosso organismo é neuroprotetor.
Hormônio Cortisol: é um hormônio corticosteróide produzido pela glândula supra-renal que está envolvido na capacidade de resposta ao estresse. É um hormônio essencial para a qualidade e vida, sua deficiência causa sintomas como fadiga, depressão, inflamação e hipotensão. Sua quantidade em níveis adequados no sangue são responsáveis pelo aumento de energia (coloca a glicose no sangue para ser utilizado), manutenção da pressão sanguinea e diminuição da inflamação. Outras funções importantes do cortisol esta na área mental como o aumento da resistências a situações de estress com melhora da capacidade e trabalho e controle da liberação de adrenalina pela sua capacidade de regular o sistema nervoso simpático. É importante saber que o cortisol deve estar em maior quantidade pela manhã e diminuir lentamente sua concentração no decorrer do dia, a inversão deste padrão, ou seja diminuição do cortisol pelas manhã e aumento no período da noite, também deve ser corrijido.
Hormônio de crescimento (GH) recombinante: também conhecido como "cell generator" ou " hormônio master".  Recentes estudos têm demonstrado que o GH pode reverter alguns aspectos importantes do envelhecimento. Baixos níveis de GH no adulto esta correlacionado a perda da qualidade de vida como cansaço, baixa auto estima, depressão, aumento da gordura corporal, osteopenia, diminuição da resistência da atividade física e aumento da mortalidade. É importante que a reposição de GH seja feito quandos seus níveis estão baixos, e não para fins tão somente da melhora da performance atlética.
Melatonina:é um neuro-hormônio produzido  no cérebro por uma pequena glândula chamado de Pineal tem como principal função regular o sono, uma espécie de sinal biológico para a chegada da noite, permitindo que o organismo sincronize seu funcionamento com o passar do dia e da noite. Apartir dos 20 anos de idade  em média ocorre diminuição de melatonina entre 10 a 15% a cada década de vida, por isso que com a idade aumenta-se a chance de outros problemas como insônia. Recentes descobertas em relação a melatonina tem evidenciado, outras funções importantes além da própria regulação do sono, a melatonina desempenha potente ação antioxidante cerebral (protetor de tumor cerebral), função importante no antienvelhecimento (anti-aging).

Dra Andrea Nunes - gerontóloga e  coordenadora de Educação e Pesquisa do programa de medicina antienvelhecimento (anti-aging) do Centro Médico Athenas localizado no Rio de Janeiro (21-34398999) e Londrina ( 43-33238744). email: centromedicoathenas@gmail.com

(Do site: http://www.centromedicoathenas.com.br/blog/posts.asp?cod_post=36)